Vettel ganhou mais uma e muitos do meio, como a  mídia especializada, que  já aponta o alemãozinho como virtual campeão de 2011.  A lógica diz que pode ser assim. Mas na F1 sempre existe a possibilidade de uma equipe com maiores recursos financeiros alcançar o favorito no decorrer da temporada. É turma do Xerox, copiam e tentam desenvolver algo melhor que aquilo que foi copiado.

 Dupla ou trio.  Só duas equipes possuem esse poder de reação no momento, a McLaren, que realmente é a única que, em condição de corrida, pode chegar perto da Red Bull, e os Italianos, que, no momento, estão mais perdidos do que nunca. Porém, financeiramente, a Mercedes também pode chegar lá.  Mas tanto a Mercedes quanto a Ferrari não possuem um estafe técnico capaz disso.

Degola. Em Maranello as cabeças já começaram a rolar. Aldo Costa que ocupava o cargo de diretor técnico perdeu o posto. Mas para que a equipe melhore muita cabeça deve rolar. Pat Fry foi para a diretoria do desenvolvimento de chassi. Lugar onde deveria estar desde que entrou na equipe. Falta uma melhor gerencia na equipe italiana e certa carência de material humano.

 Eureca. Essa etapa, por ser uma corrida no melancólico circuito da Catalunha, até que foi boa. Para se ter uma idéia, o pole de dez anos para cá sempre vencia a corrida e, devido aos pneus Pirelli, a prova teve outro rumo nesta etapa de 2011. A asa móvel não ajudou muito. Basta lembrar o exemplo de Hamilton, que usava a asa e o KERS, mas não conseguia ultrapassar o Vettel no final do retão, nas últimas voltas. Ai vinha o miolo e Vettel, com um carro melhor desenhado, conseguia abrir uma pequena vantagem que Hamilton tirava no fim do retão.

 Dependência.  O segredo era fazer a última curva, a que antecede a entrada do retão, colado no adversário que vai a frente. No entanto, com a dependência aerodinâmica dos carros atuais, isso é impossível, se colar  no adversário nessa hora, o piloto de trás vai para a área de escape. E, apesar dessa dependência aerodinâmica, a corrida foi boa.

 Porém. AS RB7, criação de Newey ainda têm muito que desenvolver  no decorrer da temporada, para tristeza da concorrência. O Kers, por exemplo, é um item que a turma do touro vermelho ainda não domina completamente. Imaginem a hora que  dominarem a técnica.

 Pergunta. Foi Alonso que largou muito bem ou foram as RB7 que largaram mal?  Pelo que senti, as Red Bull’s largaram mal e se duelaram antes da curva do fim da reta e, para piorar, os dois não tinham um Kers a altura do carro italiano. E ai vem uma incógnita. Vettel e Hamilton tinham carro para ultrapassar o espanhol e esperaram as paradas de boxes, ou seria a pista não permitia a ultrapassagem? Pelo que conheço do assunto, mesmo tendo um carro mais rápido, tanto Vettel como Hamilton não tinham como de ultrapassar sem se arriscar muito e a corrida estava apenas no inicio .

 Mal do momento. Esse circuito, como alguns outros que estão por vir, Hungria  por exemplo, são sem graça. Porém, se os carros da F1 fossem menos dependentes da aerodinâmica, as corridas, mesmo em pistas como essa, seriam mais emocionantes. Apesar de proibido, o efeito asa ainda existe na categoria. Não declarado como no passado. Mas os difusores de hoje, junto com o desenho dos assoalhos atuais, praticamente reeditam esse efeito. E a FIA percebeu e tenta mudar os difusores atuais. E vai mexer. Porém, a medida pende de prazo para as equipes se readequarem.

 Inocente. A Pirelli, nova fornecedora de pneus da F1, sem querer, está passando por uma situação estranha. Isso porque alguns membros da mídia começaram uma campanha contra a fábrica de pneus italiana, acusando-a de fazer pneus ruins e descartáveis. Chegando ao absurdo de acusarem o fabricante de não saber construir bons pneus.

Babacas. Quem é capaz de usar um meio de comunicação para acusar a fábrica de pneus com alegações estúpidas como essa deveria se lembrar de que esse foi o pedido do manda chuva da categoria, “Verme” Ecclestone, para que a temporada de 2011 tivesse um tempero diferente, e foi justamente o desgaste prematuro dos pneus que deram outra cara ao GP da Catalunha. Pois asa móvel e Kers não deram conta do recado. Sem esses pneus, o GP seria novamente uma procissão. Como nos últimos anos.

Melhor do dia. O piloto de mais se destacou na pista espanhola foi Heidfeld. Que largou em ultimo e conseguiu um sexto posto. Button largou mal e devido à tática ainda salvou um podium. Webber foi a quem mais decepcionou na Espanha foi o pole e liderou os treinamentos, mas corrida ficou devendo com seu quart posto.

Felicidades a todos!