Com a grave lesão de Obina, que deve ficar seis meses sem jogar devido a ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, Souza assumiu a responsabilidade de ser o goleador do Flamengo. No entanto, o jogador foi muito mal na sua "estréia" como único atacante de área do time. E agora, o artilheiro do último Campeonato Brasileiro se inspira no xodó dos rubro-negros para dar a volta por cima e ocupar outro posto do colega: o de ídolo.
Mas, por enquanto, Souza está bem longe do objetivo. Tanto que ele já começa a ser questionado na Gávea e criticado por especialistas pelo seu rendimento muito aquém das expectativas criadas no ato da sua badalada contratação. Em sete partidas disputadas pelo Flamengo (cinco como titular), o atacante só marcou dois gols e perdeu algumas chances claras.
Contudo, Souza se defende das primeiras críticas e pede tempo e paciência aos torcedores para deslanchar no Flamengo. Para isso, ele cita o exemplo de Obina, que foi bastante criticado no início de sua passagem pelo clube e hoje é o ídolo dos rubro-negros.
"Quando o Obina chegou aqui, era muito xingado e vaiado pela própria torcida do Flamengo. Se não me engano, só fiz seis jogos e marquei dois gols. É preciso tempo e paciência", afirmou Souza, que ainda citou outro exemplo para fundamentar sua justificativa.
"Quando comecei no Goiás, fiquei quase dez jogos sem fazer gol e fui artilheiro do Brasileiro. Tenho certeza que não fui artilheiro à toa. Tenho que trabalhar com calma e paciência, que vai dar tudo certo", continuou.
A sombra de Obina - que ainda é o artilheiro isolado do Flamengo na temporada, com cinco gols - persegue Souza desde sua estréia pelo time, contra o Boavista, pela terceira rodada da Taça Guanabara.
Mesmo marcando o gol da vitória da equipe no seu primeiro jogo com a camisa rubro-negra, o atacante ouviu a torcida gritar o nome do xodó, que não pôde atuar devido a uma lesão na coxa, o que possibilitou sua estréia.
O fato se repetiu no último domingo, quando o Flamengo disputou sua primeira partida sem Obina após a cirurgia realizada no joelho do jogador. Souza irritou profundamente os torcedores com sua pífia atuação diante do Madureira, pelo primeiro jogo das finais da Taça Guanabara.
"Fui muito bem marcado pelo Odvan e o outro zagueiro [Léo Fortunato]. Foi uma marcação especial, dois zagueiros me marcando, me surpreendeu. Eles defenderam muito bem, mas também estavam me puxando e me agarrando o tempo todo", justificou Souza, contando o que pretende fazer para vencer a marcação dos zagueiros do Madureira na decisão de quarta.
"Mas a próxima partida vai ser diferente. Vou me movimentar bastante para fugir da marcação e abrir espaço para quem vem de trás", comentou.
Kleber Leite defende Souza não foi o único a citar a volta por cima de Obina no Flamengo para tentar provar que precisa de tempo para deslanchar no time. Antes, o vice-presidente de futebol Kleber Leite também usou o mesmo exemplo para defender sua principal contratação para a temporada das críticas.
"Gostaria de lembrar do Obina. Já vi, inúmeras vezes, muita gente reclamar e vaiar o Obina, que hoje é uma unanimidade rubro-negra. A adaptação não é simples, ainda mais no Flamengo, com as exigências que há aqui. É preciso o mínimo de tempo para que ele se adapte ao novo clube, sistema de jogo e companheiros", disse Kleber, que rebateu as críticas a Souza.
"Lamento algumas opiniões esdrúxulas. É melhor ouvir isso do que ser surdo, mas escutar essas coisas em relação a um sujeito que foi artilheiro do Campeonato Brasileiro, como se alguém aqui tivesse cometido uma loucura de contratar esse jogador, como se ele não tivesse know-how para estar aqui... Façam-me o favor", criticou o dirigente
Com a grave lesão de Obina, que deve ficar seis meses sem jogar devido a ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, Souza assumiu a responsabilidade de ser o goleador do Flamengo. No entanto, o jogador foi muito mal na sua "estréia" como único atacante de área do time. E agora, o artilheiro do último Campeonato Brasileiro se inspira no xodó dos rubro-negros para dar a volta por cima e ocupar outro posto do colega: o de ídolo.
