 O atacante Romário, do Vasco, foi suspenso por 120 dias nesta terça-feira, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por infração ao artigo 244 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Os advogados do jogador, que não esteve presente na sessão, prometem recorrer da decisão (foto)
Por 3 votos a 2, o atleta foi suspenso por infringir o artigo 244 do CBJD - ser flagrado, comprovadamente dopado, dentro ou fora da partida. No ano que vem, Romário será o técnico o Vasco e, caso tenha a pena reduzida ou obtenha a absolvição em um novo julgamento, poderá defender o time como jogador.
Romário foi pego no exame antidoping, que deu positivo para a substância finasterida, encontrada em tônicos capilares, após a partida entre Vasco e Palmeiras, que terminou empatada por 2 a 2, em São Januário, válida pelo Brasileiro.
Nesta terça-feira, a defesa de Romário não poupou esforços para absolver seu cliente. Além de todo o departamento médico do Vasco depor a favor do jogador, um vídeo com as principais conquistas do atacante foi exibido no início do julgamento, na tentativa de sensibilizar os membros do STJD, mas sem sucesso.
No início da transmissão, foi exibido o milésimo gol marcado por Romário, em maio deste ano, e a conquista da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira, quando o atacante se destacou e liderou o time verde e amarelo nos Estados Unidos.
Os advogados de Romário ainda alegaram que o atacante tem 24 anos de carreira e que a substância encontrada no exame antidoping não o transformaria em um "Super-Romário" em campo, mas não foi o suficiente para convencer o STJD.
"Sabemos que o Tribunal vai entrar em recesso, mas vamos recorrer da decisão o mais rápido possível, assim que for viável", disse o advogado Paulo Reis, que ainda acredita em uma absolvição de Romário.
O presidente da comissão que julgou o atacante, Otávio Toledo, comparou o julgamento desta terça-feira com o de Marcão, do Internacional. O lateral-esquerdo foi punido por 120 dias após usar a mesma substância que o atacatne do Vasco.
"Não há diferença. O caso do Romário é idêntico ao do Marcão. Não podíamos agir diferente só por ser o Romário no Tribunal. A lei não faz esse tipo de distinção", justiticou.
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