De família evangélica, a bandeirinha Ana Paula Oliveira (foto) era proibida pelos pais, quando criança, de acompanhar os desfiles de carnaval. Não aprendeu a sambar. Mas assimilou rapidamente, aos 14 anos, as 17 regras do futebol. É árbitra assistente desde 99. Desfilou pelos principais estádios do país. Só não imaginava que sentiria emoção parecida como a de trabalhar em grandes clássicos ao conhecer o barracão do Acadêmicos do Salgueiro.
- Estar aqui hoje (ontem) presenciando os bastidores do Salgueiro é como trabalhar em um grande jogo. Um sentimento inexplicável, inesquecível. A partir de agora, quando me perguntarem para que time torço no Rio de Janeiro, já sei o que responder. É Salgueiro! - afirma a bandeirinha, que nunca pisou na Marquês de Sapucaí. No entanto, irá sair de destaque num carro alegórico bem familiar aos seus olhos: o Maracanã.
Promesa é divida Ana Paula Oliveira foi convidada para desfilar no Salgueiro em junho deste ano. Mas ainda pôde comparecer aos ensaios técnicos nem à quadra da escola de samba. Chegou a ser ameaçada de corte pelo presidente da agremiação, Luis Augusto Lage, o Fu. Porém, manteve contato com ele por telefone e cumpriu a promessa de prestigiar os verdadeiros artistas do espetáculo: os inventores e feitores dos carros alegóricos e fantasias.
- Não decorei o samba enredo. Mas, até o dia do desfile, a música vai estar na ponta da língua. Para me redimir desse afastamento da escola, vou comparecer ao primeiro ensaio técnico do ano, dia 5 de janeiro - garante a árbitra assistente, que também pretende voltar ao quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol para trabalhar no Estadual 2008.
Fantasia o que é isto? Encantada com a magia do carnaval, Ana Paula Oliveira, de 29 anos, disse que a camisa do Salgueiro caiu bem no seu corpo. Mas, diferentemente, do short e blusa rosas que fez questão de utilizar nas últimas aparições nos gramados, ela prefere fazer mistério de qual fantasia vestirá na avenida.
- Não sei com que roupa vou desfilar. Vou deixar por conta do carnavalesco do Salgueiro (Renato Lage). A surpresa vai ser para mim e para o público. Estou com medo de não agradar. Será que vou ter que entrar mais em forma ainda? No fim das contas, acho que vai ser bom - diz ela, que, nesta sexta-feira, entra de férias e aproveitará para conhecer melhor a cidade de Fortaleza nos próximos dez dias.
Furacão adormecida Neste ano, a bandeirinha Ana Paula Oliveira foi reprovada em dois testes físicos da CBF. E, após posar para a revista "Playboy", em julho, teve que se afastar do mundo da arbitragem. Só que Ana Paula voltou a ficar em evidência com as peladas de fim de ano. Marcou presença em um amistoso entre políticos, em Brasília. Foi o centro das atenções no jogo beneficente Amigos de Robinho x Amigos de Carlos Alberto, na Vila Belmiro. E, na última quinta-feira, abrilhantou o Jogo das Estrelas, no Maracanã.
De família evangélica, a bandeirinha Ana Paula Oliveira (foto) era proibida pelos pais, quando criança, de acompanhar os desfiles de carnaval. Não aprendeu a sambar. Mas assimilou rapidamente, aos 14 anos, as 17 regras do futebol. É árbitra assistente desde 99. Desfilou pelos principais estádios do país. Só não imaginava que sentiria emoção parecida como a de trabalhar em grandes clássicos ao conhecer o barracão do Acadêmicos do Salgueiro.
