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SEÇÃO: Camp. Estaduais
Duas análises do jogo entre Uberaba e Atlético
16/02/2009 - 10:20 hs
 
Na minha opinião, para aceitar bem o resultado, é preciso analisar o jogo entre Atlético e Uberaba, de quarta-feira no Mineirão, de pelo menos duas maneiras diferentes: uma teórica e outra prática. Leia na íntegra a coluna do narrador da rádio 7 Colinas, Moura Miranda

Análise
A derrota de 4 a 1 sofrida pelo colorado não foi de todo ruim. Poderia ter sido bem pior. Se analisarmos a abissal diferença que separam os dois tradicionais clubes do futebol mineiro veremos que o placar foi até bom para a equipe uberabense. Defendo a tese que o placar normal dos jogos de Atlético e Cruzeiro, nos dias de hoje, realizados no Mineirão teria que ser no mínimo 5 a 0. Para os clubes de lá é claro. Basta uma rápida comparação entre as estruturas dos dois gigantes da capital e as dos nanicos do interior. Se começarmos pelos salários dos jogadores veremos que os de lá ganham 10, 20 até 30 vezes os que ganham os nossos. A verba da televisão é 20 vezes maior. As condições de treinamentos, preparações físicas e técnicas, tratamentos médicos, alimentação, períodos de pré-temporadas, materiais esportivos e outros aspectos importantes no fritar dos ovos são todos desproporcionais. Para completar basta darmos uma olhada nos aspectos torcida, estádio, erros das arbitragens, opiniões da imprensa, força de bastidores e etc. Tudo favorece desproporcionalmente a dupla Rapo-Galo. Na verdade o Campeonato Mineiro, da atualidade, serve para os grandes se prepararem para as competições nacionais e internacionais que disputarão ao longo do ano. Para eles é apenas uma preparação e para nós a única competição. Mesmo quando eles se dão ao luxo de jogar com suas equipes reservas a desproporção é quilométrica como aconteceu esta semana no jogo Cruzeiro 5 a 0 no Guarani de Divinópolis. Olhando para este lado os 4 a 1 do Galo em cima do nosso Zebu não foi de todo ruim.

Análise
Deixando de lado a comparação teórica e passando para uma análise prática do que aconteceu quarta-feira no Mineirão, sou de opinião que a sorte do time colorado poderia ter sido melhor. Se fosse eu o treinador teria colocado em campo o mesmo time escalado por Pedrinho Rocha. A formação do time foi boa o seu desempenho tático nem tanto. Falei nos comentários que fiz na Rádio Sete Colinas, nos dias anteriores a partida, que se o Uberaba repetisse os erros de marcação que teve contra o Uberlândia sofreria uma goleada no Mineirão. Não deu outra. Os erros não foram nem mais numerosos e nem maiores que aqueles apresentados contra o Uberlândia no clássico de domingo no Uberabão. O problema é que o adversário era o Atlético e seu centro avante o Diego Tardelli e não o André Nascimento. Pedrinho Rocha acertou na escalação, mas não deu conta de acertar a marcação. O Uberaba começou a partida de uma maneira valente e até os 10 minutos assustava o Galo, mas aconteceu a primeira falha e o primeiro gol. Mais sete minutos, mais várias falhas e mais dois gols. Estava decidida a partida. O Atlético tirou o pé do acelerador e ficou apenas observando o valente Uberaba tentar uma reação que não aconteceu. Se tivesse feito uma boa pré-temporada, um melhor preparo físico e um treinador que conhecesse bem o seu elenco para fazer as mudanças certas nos momentos certos, com certeza o Uberaba teria dado muito mais trabalho ao seu adversário. Provavelmente teria perdido o jogo da mesma maneira e talvez pelo mesmo placar, mas os adversários teriam que ter suado mais a camisa. Voltei do Mineirão com a certeza que este time do colorado não é ruim. Corrigindo as falhas que apresentou nas duas ultimas partidas tem condições de ganhar os pontos que lhe levarão pelo menos até a segunda fase da competição. Fora os grandes da capital o time poderá jogar de igual para igual com qualquer outra equipe e com condições de vencer. Quem sabe numa outra fase um novo encontro entre os dois times não terá um resultado diferente? O colorado pode evoluir bastante. Embora não se possa culpar nenhum jogador pelo resultado gostei muito as atuações de Lailson, Glauco, Gustavo, Michelzinho, Danilo e Augusto César. Balduino, como de costume, vinha sendo um guerreiro dentro de campo mas, Pedrinho Rocha resolveu troca-lo por Mauricio e a mudança não foi compensadora. Ivonaldo cansou cedo, talvez devido às dimensões do gramado, Michel Cury, Biro Gomes e Gabriel tiveram problemas com o posicionamento e facilitaram as coisas para o adversário. Lailson e Danilo foram os melhores do time e alguém precisa falar para o Augusto César que ele é habilidoso e bom de bola, mas precisa jogar mais para o time. Parece até que ele veio para o Uberaba somente para fazer seu nome e depois arrumar emprego em um clube maior.

O jogo de Hoje
Se Pedrinho Rocha conseguir resolver os problemas da marcação e os outros erros que a equipe apresentou nos dois últimos jogos acredito que poderá obter um bom resultado hoje contra o Rio Branco, em Andradas. Sem perder a sua autoridade de comandante da equipe ele poderia trocar idéias com o Erick e tentar fazer com que o time jogue taticamente como jogou contra o Guarani em Divinópolis. Todos que lá estiveram viram que embora pressionasse muito durante a partida o time local criou apenas uma real oportunidade de gol.

Estatística
Voltando ao confronto entre Atlético e Uberaba a história mostra os seguintes números: o jogo de quarta-feira foi o de número 99, sendo no total 54 vitórias atleticanas, 28 empates e apenas 17 vitórias do colorado. O Galo marcou 164 gols e sofreu 87. Somente no Campeonato Mineiro foram 79 encontros com 46 vitórias do Galo, 22 empates e 11 vitórias do Zebu. No Mineirão foram 37 jogos, 24 vitórias do Atlético 11 empates e duas derrotas. O primeiro encontro foi no dia 20 de novembro de 1927, em Belo Horizonte, vitória do Atlético por 6 a 4. Há mais de 22 anos o Uberaba não vence o Atlético. Nos últimos 10 confrontos foram 6 vitórias atleticanas e 4 empates.

BOM DOMINGO A TODOS
 
 
 

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