Tem jogos que ninguém esquece. Ficam marcados na memória de todos. Nas conversas sobre futebol, sempre são lembrados. No Uberaba Sport, a história não é diferente. Partidas memoráveis foram eternizadas pelos torcedores.

Nem mesmo o tempo apaga o brilho de duelos épicos como os realizados diante do Flamengo, contra o Santos em 1977, frente ao Santa Cruz no ano de 1982 na Taça de Prata (Série B ou Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro), e diante do Cruzeiro em 1973, válido pela entrega de faixas de campeão mineiro ao time celeste de Belo Horizonte.

O Estádio Maracanã cheio com a presença de milhares de pessoas, o colorado fez uma exibição de gala, mas não resistiu à pressão e a superioridade do adversário. O resultado acabou sendo uma conseqüência do desempenho de ambas as equipes em campo. Atuando com desenvoltura e mandando, desde o início do embate, o Rubro-negro não deu chances ao USC e definiu a vitória.

Jogando contra o Santos, o time uberabense deu trabalho à formação que foi de Pelé. Com muita garra e determinação, ganhou de 4 a 1 numa época que Toinzinho, um dos maiores ídolos do USC, atuava na equipe da Baixada Santista, substituindo o “Rei”.

Mesmo perante as estrelas do clube do litoral paulista que brilhavam na seleção brasileira, os atletas do Uberaba não se intimidaram e deram trabalho ao oponente, especialmente à defesa adversária. Com uma surpreendente apresentação, a sorte e a força do clube de Boulanger Pucci pesaram, prevalecendo a superioridade deles mostrada em campo. Ficaram à frente do marcador no final do desafio: 4 a 1 para os alvirrubros, com destaque para Paulo Luciano pelo lado do Uberaba Sport, autor de dois gols.

Outro encontro que permanece guardado na mente e nos corações dos torcedores colorados foi o confronto com o Cruzeiro quatro anos antes. Este duelo é presença certa em qualquer sessão nostalgia protagonizada pelos apaixonados torcedores colorados. Os milhares torcedores que compareceram tiveram o privilégio de acompanhar um espetáculo à altura dos grandes shows.


No campo, promovendo um verdadeiro combate típico de uma guerra, as duas agremiações travaram uma luta do começo ao fim, vencido pelo Uberaba para espanto da torcida da Raposa. Os atletas do Uberaba SC não deixaram a desejar e viraram heróis ao bater a agremiação da capital mineira pelo placar de 1 a 0.

Na noite do dia 26 de julho de 1973, o Uberaba Sport conseguiu um dos maiores resultados de toda sua história. Mesmo sofrendo pressão, conseguiu cavar um empate contra o Cruzeiro em 0 a 0, em pleno Estádio Mineirão, no segundo duelo do Extra, fase final do Campeonato Mineiro daquele ano, quando o Uberaba SC lutou pelo título estadual junto com o Galo, o próprio Cruzeiro e o América (MG). Na ocasião, o Uberaba esteve bem perto deste título, numa das vezes que mais se aproximou de tal conquista.

Mais significativo resultado naquela temporada, o colorado segurou na raça o elenco milionário da Raposa. Na defensiva, souberam conter o ímpeto dos jogadores da equipe da capital mineira e destronaram o time de Belo Horizonte.

O goleiro Saraiva segurou tudo lá atrás. Seguro esteve sempre bem e defendeu bolas incríveis. Nem mesmo os chutes poderosos dos craques do clube celeste o intimidaram. O sistema defensivo também o ajudou bastante, contendo a fome de gols e a vontade quase que incontrolável do Cruzeiro de ganhar.

Para o técnico do Uberaba Sport Club naquela época, o Juquita José Lúcio, o resultado heróico conquistado fora de casa diante de uma grande torcida adversária que compareceu em peso no Mineirão e incentivou a Raposa mineira do começo ao fim do jogo foi uma verdadeira vitória digna de elogios a todos os seus atletas.

A invencibilidade do Uberaba Sport Club no Estádio Uberabão caiu na noite do dia oito de fevereiro de 1973, quando o colorado foi derrotado pelo Cruzeiro, em casa, diante de sua torcida, mesmo contando com grande presença de fanáticos incentivando e tentando empurrar o time rumo à vitória que acabou não se confirmando. Esta foi a primeira derrota da equipe uberabense no Uberabão.

Naquela oportunidade, o resultado negativo veio no jogo mais importante da 6ª rodada da Taça Minas Gerais. Envolvia duas equipes que estavam invictas até aquele momento. O USC não conhecia derrotas há 26 jogos. Enquanto isso, o Cruzeiro era líder em tudo da competição que levava a chancela da Federação Mineira de Futebol (FMF).

Num duelo que foi considerado um dos melhores da década de 70, o colorado jogou melhor, dominou o tempo todo, mandou na partida, mas não conseguiu traduzir esta superioridade em campo em gols. Acabou perdendo por 1 a 0.

O time celeste aproveitou de um lance infantil de Dílson do USC e ganhou o jogo. Campeão mineiro do ano anterior, melhor time de Minas naquele momento, favorito para vencer o desafio, com várias estrelas no elenco, ostentando uma folha de bichos maior do que a folha de pagamento do colorado, o Cruzeiro levou um passeio do Uberaba no primeiro tempo. Mas, o peso da camisa e a tradição da equipe da capital falaram mais altos e o time acabou batendo o Uberaba SC.

Contando com grande presença de público, a partida entre Uberaba Sport Club e Atlético (MG) foi uma verdadeira atração para os torcedores que estiveram presentes no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte.

Válido pela primeira rodada da fase final do Extra 73, que era o quadrangular decisivo do Campeonato Mineiro de 1973, um dos melhores anos de toda história do colorado, o jogo terminou com um placar adverso para a formação uberabense: 3 a 1 para o Atlético.

Com a derrota, o time de Uberaba começou mal a última etapa da competição estadual. Apesar de ter sido um dos melhores momentos de todos os tempos do USC, naquele duelo realizado no final do mês de julho quem se deu melhor foi o Galo mineiro que acabou faturando a vitória.

Um resultado da raça, da garra e da vontade. Assim foi a vitória do Uberaba Sport Club sobre o América (MG) por 3 a 2 em 1982, pela Taça Minas Gerais. Com um desempenho acima da média, o colorado não deu chances ao Coelho.

Com forte marcação e um ataque poderoso, o Uberaba pressionou e dominou a partida, imprimindo forte ritmo e mandando no jogo desde o começo até o final do desafio. Com uma equipe talentosa, o USC foi melhor do que o time da capital e acabou derrubando o também forte time de Belo Horizonte.

Numa mais uma boa apresentação do meia direita Toinzinho, e também dos atacantes Binga e Simões, a velocidade e os toques envolventes foram os principais motivos que levaram o time uberabense à vitória. Com tabelas rápidas, o time construiu as melhores jogadas e no final, a equipe soube administrar o resultado.